Unidade Santo André

AUTISMO EM CADA ETAPA DA VIDA

O transtorno do espectro autista (TEA) é uma alteração congênita (desde o nascimento) do desenvolvimento neurológico, que afeta diversos aspectos da vida e do dia a dia das pessoas afetadas.

O diagnóstico precoce ainda é a melhor maneira de atenuar os sintomas e garantir mais independência e qualidade de vida aos pacientes.

Os sinais do autismo tendem a se tornar mais claros à medida que a criança alcança algumas fases do seu desenvolvimento, em que algumas aquisições são esperadas.

Inicialmente pode ser difícil para pais (ou mesmo para profissionais) identificarem, de maneira assertiva, esses indícios, já que podem se confundir com outras condições comuns na infância. Por isso, o ideal é que tanto os pais quanto todos que cercam a criança (inclusive professores e cuidadores) se informem sobre o tema e estejam atentos a possíveis alterações, a fim de que a criança seja avaliada o quanto antes e receba os devidos cuidados.

O autismo é caracterizado por 3 níveis, que são: Leve, Moderado e Severo, por isso, a partir de um diagnóstico, é muito importante o processo de tratamento e acompanhamento para que não haja evoluções em cada nível, pois o autismo pode piorar, desta forma, o nível 1 pode passar para o nível 2 ou 3 e sofrer com a complicação no quadro, assim como é possível regredir as limitações e promover uma qualidade de vida melhor à pessoa com TEA.

Veja abaixo os sintomas mais comuns de cada fase da vida:

Bebês

• Falta de contato visual com a mãe durante a amamentação;
• Apatia;
• Choro frequente e sem razão aparente.

Crianças

• Movimentos repetitivos e frequentes, com as mãos, pés ou corpo;
• Agitação frequente;
• Falta de interação com outras crianças;
• Falta de contato visual prolongado;
• Uso inadequado de brinquedos. Usar uma bola como se fosse um carrinho e vice-versa;
• Interesse excessivo por um único assunto, brinquedo, música, vídeo, etc;
• Hipersensibilidade a sons, cheiros e toques;
• Dificuldade para aceitar mudanças na rotina.

Jovens

• Dificuldade de relacionamento com amigos, preferindo se isolar;
• Alterações sexuais, como hipersexualidade (excesso de interesse), assexualidade (desinteresse) ou disforia de gênero (não identificação com o gênero de nascimento);
• Preferência por experiências sexuais individuais, como masturbação;
• Feições e fala anormais;
• Problemas diversos de comportamentos;
• Baixa compreensão do mundo que o cerca;
• Comportamento infantilizado.

Adultos

• Dificuldade na vida profissional;
• Falta de empatia (não costuma se sensibilizar com incômodos alheios);
• Ingenuidade ou dificuldade em perceber as emoções do outro;
• Dificuldade em receber carinho, especialmente o toque;
• Linguagem mais formal e direta;
• Rejeição a alimentos que não conhece.

Idosos

• Uso de linguagem formal e repetitiva;
• Dificuldade de interagir com outras pessoas;
• Preocupação exagerada com partes específicas de objetos;
• Rotina inflexível;
• Interesses limitados em determinados assuntos.

Papel do Neurologista

O neurologista (para adolescentes e adultos) ou o neuropediatra (para crianças) é um profissional fundamental e central no acompanhamento do paciente autista.

É esse profissional que geralmente fecha o diagnóstico e que acompanha a evolução do indivíduo ao longo do tempo, inclusive prescrevendo medicamentos ou solicitando a participação de outros especialistas no processo terapêutico, como Fonoaudiólogos, Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos e Psiquiatras.