Unidade Santo André

E SE EU TIVER MAIS UM FILHO, VAI TER AUTISMO? 25%

Ter um filho é uma decisão emocional e não racional, porque se formos analisar todos os desdobramentos de se ter um filho, sentar, analisar, fazer contas, avaliar os prós e contras e riscos no papel, jamais, especialmente no mundo atual, teríamos um filho e tão pouco o segundo, pois os benefícios são mais emocionais e individualizados, do que palpável!

Mas, claro que esta visão não se trata apenas de analisarmos tudo em nossa vida de forma palpável, pois se fossemos apenas razão, o mundo seria muito sem graça!

Constituir família e ter filhos, não fazem parte apenas da realidade, são importantes para nossa existência, porém famílias que tiveram uma primeira experiência com um filho especial, ficam mais apreensivas com o planejamento ou “chegada inesperada” de um novo filho. E isso é natural! Por isso, é importante sempre estarmos bem informados e termos o interesse de pesquisar sobre assuntos sensíveis.

O risco de se ter um segundo filho autista é de 20% (25% se o segundo bebê for menino e 11% se for menina). Parece pouco, mas é muito quando comparado ao 1% de chance da população geral, contudo, esse número é bem generalizado. Mas, se sua família tem mais casos de autismo, ou quaisquer outros diagnósticos considerados atípicos, o risco, sim, é maior.

A estatística serve para termos uma base, uma pequena noção de que terreno estamos pisando, pois pessoas sem histórico familiar que se enquadram nos 1%, também podem ter um filho autista.

A causa para isso ainda não é conclusiva, mas sabe-se que o Autismo é um distúrbio de neurodesenvolvimento em que a herança genética desempenha papel muito importante e alguns estudos sugerem que, além de fatores genéticos e hereditários, os fatores ambientais, como: a exposição de agentes intrauterinos, como drogas; infecções; doenças autoimunes; baixo peso ao nascer; hipertensão e obesidade, antes ou durante a gestação e a idade avançada (seja do pai, mãe ou ambos), são alguns dos principais fatores relacionados com o desenvolvimento do transtorno, bem como, os pais têm mais chance que as mães de transmitir aos filhos genes com alterações que poderão resultar no desenvolvimento de autismo.

O que é importante avaliar?

1. Por que o desejo de ter tanto outro filho?
2. A decisão é do Casal, mas ambos, devem estar cientes dos riscos e ter a disposição de arcar com eles, desde a prevenção.
3. Uma vez tomada a decisão, não tem como voltar atrás.
4. Se você decidiu ter, foque no positivo: pense que a maior chance ainda é de não vir autista. E que a medicina tem evoluído muito. Qual será a evolução da ciência e medicina daqui 10 anos?
5. Leia e informe-se sobre fatores ambientais de risco para autismo na gestação. Não custa tomar cuidados extras.
6. A adoção é sempre uma opção, mas é uma decisão tão séria quanto a gravidez em si: deve ser muito bem digerida e decidida.

Por fim, o mais importante é ter consciência de que a decisão do casal, também afetará a vida de outras pessoas, podendo ser tanto de forma negativa, quanto positiva, por que não? Mas, acima de tudo pense no ser humano que chegará, na VIDA DELE e esta poderá ser a chave do porque sim ou porque não!