TDAH TEM TRATAMENTO?

Primeiro é importante entender o que é o TDAH, cuja sigla significa: Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. O TDHA é um transtorno neurobiológico com causas genéticas, ambientais e biológicas, que geralmente se manifesta na infância e com uma combinação grande de sintomas. Suas principais características são:
• Desatenção;
• Impulsividade;
• Inquietude motora ou também conhecida como Hiperatividade.

Embora esse transtorno se manifeste na infância, os sintomas aparecem com mais clareza durante a fase escolar. Isso porque, a criança passa a frequentar um novo ambiente de interação e raciocínio, e é a partir daí que as dificuldades se tornam mais evidentes.

Quando os fatores de desatenção, impulsividade e inquietude são notados em uma criança, não devem ser observados pelos pais, como se não fosse nada. É de extrema importância a avaliação de um profissional, como um Psicólogo, Psiquiatra ou Neuropediatra para diagnosticar tais comportamentos, pois é fundamental o diagnóstico na fase infanto-juvenil, após a percepção de um período de seis meses.

Embora ainda não tenha sido encontrado uma cura para o TDAH, é importante ressaltar que estudos descobriram que o TDAH causa alterações no cérebro, ou seja, existem no cérebro das pessoas que sofrem desse transtorno, mudanças que refletem redução da espessura da massa cinzenta (onde se localizam os corpos celulares dos neurônios) e alterações na substância branca.

Por exemplo, no TDAH podem ser notadas alterações na região frontal, que é responsável pela atenção, organização, memória e autocontrole.

Diagnósticos precoces, proporcionam melhores resultados nos tratamentos, ou seja, mesmo que ainda não haja uma cura, há controle. Com informação e acompanhamento necessários, não é impossível conviver com o ele e há várias formas de melhorar o bem-estar, qualidade de vida e saúde emocional.

O tratamento na infância e adolescência para o TDAH é multidisciplinar. Ou seja, conta com a ajuda de profissionais de várias áreas, como psiquiatras, psicólogos, pedagogos e fonoaudiólogos. Por isso, é essencial entender as necessidades de cada caso para um tratamento adequado e eficaz.

A Terapia é um dos alicerces para evolução da busca de resultados, mas medicamentos também podem ser necessários diante ao grau de TDAH, que podem apresentar sintomas, leves, moderado ou graves.

Mudanças simples em hábitos do cotidiano também podem ajudar no tratamento do TDAH, agindo em conjunto com a terapia e medicamentos. Hoje, sabe-se que mudanças na alimentação, como reduzir o consumo de cafeína e açúcar, podem ajudar a controlar os sintomas do transtorno.

Além disso, estudos também têm mostrado que a prática de atividades físicas intensas, como nadar e correr, podem melhorar o funcionamento cognitivo e comportamental.

Se você notar em seu filho, criança ou adolescente, pelo menos 6 das características abaixo, não hesite em procurar um Médico:

1. Dificuldade em manter a concentração por um período maior ou distrair-se facilmente por qualquer estímulo externo;
2. Evitar atividades que demandam grande esforço mental;
3. Esquecer com facilidade o que ia falar;
4. Dificuldade de organizar objetos e em gestão de tempo;
5. Hábito de perder coisas importantes para o dia-a-dia;
6. Não consegue ficar parado e nem ficar em um só lugar por muito tempo;
7. Tendência a vícios;
8. Temperamento explosivo;
9. Não sabe lidar com frustrações;
10. Faz mais do que uma atividade ao mesmo tempo, porque se sente entediado;
11. Comportamentos imaturos;
12. Fala não acompanha a velocidade dos pensamentos.

Existem 3 tipos de TDAH, mas cada um com um padrão de sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade ou uma combinação dessas duas características.

Vale lembrar que, em todos os casos, é necessário entender se esses sintomas estão interferindo o funcionamento social, acadêmico ou profissional da pessoa. Ou seja, só assim pode-se realizar um diagnóstico correto.